Momentos distantes
A distância pode fazer-nos por vezes mais fracos, quando nos vemos partir, deixar tudo para trás, outra vez, ver as estradas a desaparecerem as casas a ficarem mais pequenas mais distantes do olhar, da mente horas antes enfiada na casa conhecida das nossas vidas. No entanto o avião não me deixa regressar nem eu realmente quero, apetece-me seguir, sentir o que é chegar ao nosso segundo lugar no mundo, essa realidade outrora desconhecida e que agora nos enche a alma para o bem ou para o mal.
Quando aterramos damos por nós longe sozinhos em todos os aspectos sem o vento daqueles que nos acarinham por perto, apenas estranhos com cabeça dois braços e 2 pernas, mas estranhos.
Quando vimos partir os outros a sensação de que nos vai faltar uma peça até aqui essencial, nesta segunda montanha à qual passamos a pertencer, por muito que a relação não seja assim profunda sentirei e sentiremos sempre a falta dessa pessoa que acaba por nunca ser tão indiferente quanto nós pensa vamos, porque afinal ninguém nos é indiferente, ninguém fica indiferente à partida e muito menos à chegada.
Cá continuaremos a lutar dia a dia para sermos melhores e para sermos heróis nem que seja por um dia pois ultrapassar a saudade é isso mesmo também...