segunda-feira, setembro 26, 2005

Mil palavras



As minhas mil palavras


inconfusão

Os pensamenos baralham-se as ideias fornicam e eu a ver, ai que raiva este descontrolo ai que cena marada pensar isto ou aquilo, ouvir esta música. Tu estás ai não me ouves porque é que isto é assim, não respondes estás ai em cima ou em baixo no bem bom não será também egoista como eu, a ver bem estás no teu direito mas nós somos muitos mas não somos nada, mas tu no fundo nada és porque não te vemos, és um palerma ou não, não sei não tenho resposta para o que te chamar, eu não sei nada nada mesmo.

Sitio escuro2

Nos sitios escuros é que gosto d epensar no que me rodeia, nas batalhas nas bonanças da vida no amor no que gosto mais de fazer no meu país no meu mundo enfim sabia bem por vezes haver mais apagões por ai.

Sitio Escuro

É no meu sitio escuro que escrevo, escrevo sobre os ultimos tempos sobre ela, aquela que me tem feito sentir tão, ora apaixonado, ora imbecil, ora estúpido, ora furioso por não combater a timidez que aliada a falta daquela confiança que teima em não se comprar nas prateleiras de um qualquer supermercado.
Ora bolas penso, repenso em quê? Já não sei já me perdi, perdi-me nos actos menos sinceros mais palermas, juro que se a tivesse aquii lhe dizia que penso nela, não não dizia nada em vez disso dizia um teorema dakeles sem nexo.
Ah porra sonho com o acontecer-me uma estória de amor contigo mas não dá, somos amigos há algum tempo mas afinal não é de ti que gosto ou estou a falar, que confusão não quero falar mais acabou-se não te vou dizer rigorosamente nada não vale a pena tou cansado de tentar impressionar-te já chega vou escrever o meu artigo.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Não podia concordar mais

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la.
Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível.
A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.
Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona
de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali
mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.
Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de
telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se
apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao
mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa,
o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida
inteira. E valê-la também.


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